Milord pensou... pensou... pensou.
A confusão tomou conta de todo seu ser.
Ele tinha agora um concreto pesado em mãos.
Dar de ombros não tinha como.
Continuou a pensar.
Preso a toda essa verdade que lhe tragava, Milord bebeu de todo seu íntimo.
Bebeu, bebeu e bebeu.
Bêbado de si, desenclausurou-se dos ferros que lhe prendiam.
Se reconheceu. Notou que tudo o que tocava passava por uma teoria que não dava certo.
Assim é o homem.
Seguimos enquanto corja pútrida e ainda assim pomposa.
Projetou isso em uma noiva.
Milord disse então:
-Ela vem.
Vem, e agora traz toda sua verdade refletindo não em seus olhos, mas no vidro que há em sua máscara de oxigênio.
Ela é tão podre de alma que mal suporta seu cheiro - em matéria- Ela tem.
Tem carne. Tem.
Tem suas inverdades. Tem.
Ela trabalha seus conceitos em cima de matéria i-material.
Não vejo segurança no que ela é.
Chego a ter nojo dela.
Ela, que é nossa somatória de verdades poéticas que não deu certo.
Ela, somos nós.
Veste agora sua transparência mais frágil, seu vidro, que é tudo aquilo o que ela tocou.
É o natural que virou banal, um verdadeiro bacanal.
É o sustentável, que se torna inapresentável.
Tudo o que ela fez pode estar isso ou aquilo, mas está doente.
Sua fragilidade segue o fluxo da multidão que se reconhece como corja pútrida e pomposa que somos.
E agora ela segue.
E segue, e segue, e segue, e segue, e segue, se empurrando em sua cadeira de rodas ao som da multidão.
Milord se cala.
O que habita seu âmago é dor por se reconhecer como podre que é.
Engole um choro. Volta seu olhar para uma atmosfera menos densa.
O que ele quer e ser como os outros. Superficiais.
Não consegue, mas finge bem.
Agora com um sorriso, apenas segue ao som de la foule.
MUITOO lokoooo Reee!!! nivel Vogue mesmo hehee!!! beijinhos te amo!!!
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