domingo, 22 de agosto de 2010

A justificativa.

Milord continua.
Continua vendo na nudez não só carne, pele, pêlos, cor e corpo.
Há alma.
Alma esta, ainda muito enclausurada.
Sofre.
Vê a transparência frágil de tudo o que está envolto a ti.
E vê, que tudo é muito vazio.
Apesar do prometido.
Ele quer tocar nesse vestido sem sentir a fragilidade.
Ele quer verdade, pois as mentiras sinceras não o interessam mais.
Ele quer, sem querer demais, nada da grande confusão, nada de conturbado e nada de prometido sem ser feito.
Milord quer caminhar sem defeitos.
Ele sonha, mas só sonha, e só sonha... Coitado Milord.




Desabafo tardio ou Colapso na madrugada morta. Parte I.

Quero ter o que me foi oferecido.
Quero ter, o que me é de direito. E assim, sigo eu esperando, e me enganando na falsa esperança de tê-lo.
Luta.
Luta em vão? Luta de que? Luta pra quem? Apenas luta. Vaga, e em voga. Vaga, e bunda. Imunda de falsas esperanças do que me foi oferecido, do que eu queria e, que me era de direito. Do que eu sei que é apenas mais uma luta vaga ofertada pela fecunda na tentativa de me manter esperançoso.
E numa tentativa dramática de encerrar tanto "doer" seu narrador diz:
-Agora, ele se mata.