quinta-feira, 25 de março de 2010

Sem Pudores ou Nu em Casa ou Apenas Nu.

E lá está Milord. Vivo. Dessa vez não mais como um bicho que se enclausurou por opção em sua casca. É chegada a hora de se expor. Milord não tem escolha, uma vez que Aphonso lhe pede com carinho, não há como negar. Milord se liberta de suas bolhas e se pergunta:
-Aonde isso vai dar Aphonso?
Aphonso termina o tragar seco em seu cigarro, solta-o ao chão, pisa, volta seu olhar para seu homem e diz sem muito dizer:
- Há um caminho certo?
Novamente o silêncio que tem estado em voga acaba por imperar.
O narrador vai logo concluindo.
Aphonso liga a victrola, arruma a agulha fazendo aquele barulho estrondoso - ele não tem muito jeito ao lidar com agulhas de victrola - coloca Piaf ao fundo de mais uma tarde regada a cigarros, cafés e absinthe, as quatro certezas de Milord - Obviamente Piaf era sua primeira.
Hoje, eles escutam La Foule, essa música o fazia pensar que ele nasceu para dançar. Milord dança então e logo começam as fotos junto a Aphonso - Que talvez nunca apareça em nenhuma.

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